Trabalho do 2.º Escalão
Agrupamento de Escolas Soares Basto (Oliveira de Azeméis)
A construção da árvore amarela surge como resposta ao desafio da Compal e Tetra Pak em parceria com o Programa Eco-Escolas, tendo sido enquadrada no conjunto de atividades realizadas com a finalidade de assinalar o dia mundial da árvore e da floresta, o dia da poesia (21 de março) e o dia mundial da água (22 de março). Pretendeu-se refletir e sensibilizar a comunidade escolar para as questões ambientais, motivar para a reutilização de materiais, para a grande importância das árvores e das florestas no bem comum e para a importância da água potável na nossa saúde. De entre as atividades desenvolvidas é de destacar a pintura de vasos, plantação de flores, a elaboração de cartazes sobre a importância da água, jornada de formação para os alunos do 8º ano sobre a qualidade e potabilidade da água da torneira, no sentido de reduzir o consumo da água engarrafada.
Quando falamos de melhor ambiente ou de qualidade ambiental, pensamos na nossa qualidade de vida e consequente bem-estar e saúde. O ambiente, por si só, não é bom nem é mau, só é quantificado e classificado numa escala de qualidade em consonância com as condições necessárias à saúde humana e à preservação dos Ecossistema. E nesta perspetiva procuramos mudar mentalidades. Numa sociedade de consumo como a nossa, é fácil conhecer os logotipos das marcas dos carros, dos tabletes, das roupas, mas associarmos uma determinada folha com aquela forma, recortes e características a uma determinada árvore é difícil, porque não as conhecemos e como consequência não lhes damos a devida importância. Participar na iniciativa “Sim criar uma árvore dá frutos” foi importante no sentido em que motivou professores e alunos a abordarem e refletirem um conjunto de questões relacionadas como a importância da floresta sustentada, o consumo consciente, a política dos 3 Rs, a qualidade dos alimentos e da água.
A construção da árvore amarela, cheia de espírito ecológico, resultou da colaboração entre os professores da equipa Eco-Escolas e os professores de expressão artística (Educação Visual, Educação Tecnológica e Oficina de Arte) e teve como principais objetivos:
Promover a adoção de comportamentos sustentáveis em relação ao ambiente;
Colaborar na formação da identidade e desenvolvimento da consciência cívica dos alunos;
Aplicar competências transversais através da articulação de saberes de diferentes áreas disciplinares em torno de causas ambientais;
Planificar um projeto exequível.
Construir uma árvore utilizando pacotes de leite e sumo aplicando conhecimentos sobre materiais, estrutura, pintura, e outros conhecimentos técnico sem esquecer a valorização estética.
Foi uma oportunidade para pesquisar e conhecer a constituição das embalagens de cartão para alimentos líquidos que são necessárias à conservação e transporte dos alimentos. De facto, estas são constituídas por diversas camadas de diferentes tipos de material laminado: cartão, polietileno e alumínio.
Aprendemos que, começando de dentro para fora, as duas camadas de polietileno evitam qualquer contacto do alimento com as outras camadas protetoras da embalagem. Segue-se uma camada de alumínio cuja função é evitar a passagem de oxigénio, luz e microrganismos. Uma quarta camada de polietileno é utilizada para promover a aderência dos materiais (alumínio/cartão). Uma quinta camada de cartão confere resistência à embalagem e, finalmente, uma sexta camada de polietileno protege o cartão da humidade exterior. A proporção de cada material na embalagem é de aproximadamente: 75% cartão, 20% polietileno e 5% alumínio.
Numa embalagem com esta estrutura, nenhum conservante necessita de ser adicionado garantindo que o alimento é 100% natural mantendo a qualidade nutricional do mesmo e protegendo a saúde do consumidor.
Procuramos também perceber qual a origem do cartão utilizado na construção das embalagens o que nos leva ao símbolo FSC e à reflexão sobre a importância das florestas em todas as suas vertentes.
Foi possível perceber que, quando vazia, apesar de a embalagem ser maioritariamente constituída por cartão, tem que passar pelo processo de triagem de modo a separar as camadas de plástico e alumínio usadas para fabricar peças plásticas ou placas e telhas utilizadas na construção civil, por isso devem ser colocadas no ecoponto amarelo.
Assim para levar a cabo este projeto foi divulgada a ideia de construção da árvore para ser exposta no dia 21 de Março. Lançado o pedido aos alunos do Agrupamento de escola Soares de Basto para a recolha de embalagens Tetra Pack bem como a procura de embalagens com o símbolo FSC. Estes prontamente responderam de forma motivada.
Depois da inscrição da escola no Concurso e da motivação para o trabalho, realizaram-se sessões de informação e esclarecimento sobre a “vida” destas embalagens, desde a produção até a fase de reciclagem, conceitos das siglas TETRA PAK e FSC junto do grupo de alunos responsáveis pela concretização do projeto.
Realizaram-se pesquisas, fizeram-se esboços e elaborou-se um projeto exequível tendo em conta as regras do concurso.
Tal como foi projetada, a árvore foi construída por níveis ou camadas, começando pelo tronco construído numa peça única, depois 3 andares com pacotes aglomerados em determinadas formas no sentido de criarmos os ramos que no conjunto perfizessem a copa da árvore. Os pacotes foram unidos com diferentes colas e materiais (cola termo fusível, fita cola transparente, e restos de cartão que sustentaram e equilibraram os diferentes níveis).
A nossa árvore de frutos foi montada no polivalente da Escola Bento Carqueja onde foram acrescentados os frutos previamente construídos com os pacotes de Compal de 1L. Criou-se ainda um ambiente para a instalação com outras aplicações que simbolizavam relva, folhas, flores recriando um espaço verde.
Cientes da importância de reduzir e valorizar reutilizando os materiais de uma forma criativa e construtiva, este grupo de alunos e professores percebeu a importância das embalagens tetrapack, o porquê das embalagens irem para contentor amarelo e construiu uma árvore e mostrou como é possível criar objetos artísticos com qualidade, evitando a produção de lixo valorizando ao máximo as potencialidade dos materiais.